O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira, uma pesquisa com resultados surpreendentes. Quem pensava que a redução relativa da pobreza (ocorrida nos últimos anos como resultado do crescimento econômico do país e de programas do governo como o Bolsa Família) poderia diminuir a concentração de renda no Brasil, estava enganado. Os números mostram que 75,4% da renda nacional está concentrada entre os 10% mais ricos da população. É como se 10 pessoas repartissem uma pizza de oito pedaços e uma delas ficasse com seis pedaços, deixando as outras nove com apenas dois.
O que contribui para tamanha concentração de renda? Entre outros fatores destaca-se o sistema tributário. Os impostos têm peso maior sobre a renda dos mais pobres do que sobre a renda dos mais ricos. E a culpa não é só dos impostos diretos, como o IPTU, o IPVA ou o temido Imposto de Renda.
Tente imaginar uma mesa de café da manhã: frutas, pães, queijos e sucos. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, 18% do valor das frutas corresponde a impostos. No caso do pão francês o peso dos impostos sobe para19,7%. Queijos e bebidas não-alcoólicas têm 33% e 45% de seu preço inflacionado por impostos. É muito imposto. E eu, você, o porteiro do seu prédio e o Luciano Huck pagamos os mesmos impostos. Aí fica a pergunta: no bolso de quem estes impostos que incidem sobre o valor de tudo o que compramos terá maior impacto?
Nota: tema sugerido por Eduardo Miceli.
4 comentários:
Oi Faber! O blog ficou muito legal!
Sugiro esse tema: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL473394-5602,00-SOLDADO+NORTEAMERICANO+USA+ALCORAO+PARA+PRATICAR+TIROS+NO+IRAQUE.html
" Soldado norte-americano usa Alcorão para praticar tiros no Iraque "
Não sei se cabe ao blog, mas eu achei interessante. Beijos
boa dudu e faber!!!
Uma coisa: imagino que os impostos altos sejam para conseguir pagar a dívida interna. De que maneira esse quadro poderia ser revertido de maneira que se pagasse a dívida interna e se baixasse os impostos? existiria algum mecanismo como impulsionar o consumo de um lado e reverter de alguma forma positiva nisso, como maior arrecadação por maior compra, e não por mais impostos sobre um produto? Isso, por um lado é bom, pois aumentaria o poder de consumo, logo a "qualidade de vida" e arrecadaria o suficiente. Mas eu estaria sendo um pouco esquizofrenico respondendo com essa solução depois do vídeo que eu passei. Isso poderia aumentar a produção, aumentar o preço do petróleo no Brasil, aumentar o número de rejeitos despejados na natureza, e por consqüencia destruir o planeta. Uma sinuca de bico e tanto. Outra solução nem um pouco trabalhista seria cortar gastos do governo, transferí-los para os gastos com a dívida e desafogar-nos um pouco dos impostos. Desculpem, mas... FUD...
É, Antônio. A solução não é simples nem se alcança no curto prazo. Na minha opinião, o que deveria ser debatido não é a carga tributária, maso que é feito com ela. Não me importaria em pagar CPMF para sustentar a saúde se não precisasse também pagar mensalmente a Unimed. Mas como tenho que pagar a Unimed, pago a CPMF com um mau humor tremendo...
pagava...
mas aí vem uma nova CPMF...
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