Abri o Globo Online hoje e li "Fracassam negociações de Doha para liberalização do comércio mundial". Confesso que deu vontade de escrever num pedaço de papel o que os gaiatos sempre mostram para as câmeras da TV nas finais esportivas: "Eu já sabia!".
O principal obstáculo à liberalização do comércio mundial hoje é a questão dos subsídios agrícolas oferecidos aos produtores pelos países desenvolvidos, sobretudo pelos Estados Unidos e pela União Européia. Os países subdesenvolvidos, com destaque para Brasil, China e Índia, líderes do G-20, alegam que não conseguem competir com os produtos agrícolas dos países mais ricos e estes dizem que não vão reduzir os subsídios por se tratar do setor mais frágil de suas economias. Chega-se a um impasse que pretendia-se resolver durante as negociações mais recentes da já desgastada Rodada de Doha. Doce ilusão. Seria o mesmo que esperar que Palestinos e Israelenses tirassem do papel o Plano de Partilha da Palestina após uma reunião diplomática com duração de 10 dias. Com interesses muito distintos na mesa fica muito difícil chegar a acordos favoráveis a todos. Não dá pra somar zero. Pra alguém ganhar, alguém vai perder.
"Rodada" é o nome dado aos períodos de negociação comercial no âmbito da OMC, antigo GATT. O nome subseqüente é uma referência à cidade que abrigou o primeiro fórum de discussões do debate. Já houve Rodadas de Genebra (1947 e 1955-1956), de Annecy (1949), Torquay (1950-1951), Dillon (1960-1961), Kennedy (1964-1967), Tóquio (1973-1979), Uruguai (1986-1993) e Doha (2001-...). A de Doha é a que envolve mais países, mais temas, mais controvérsias e é a primeira rodada desde a criação da Organização Mundial do Comércio, em 1995, decisão tomada durante a rodada do Uruguai.
Em setembro as negociações serão retomadas mais uma vez. As questões serão as mesmas, os atores envolvidos também. Alguém tem um palpite sobre o resultado?
Para ler mais sobre a OMC e as rodadas comerciais, acesse o artigo sobre a OMC na wikipedia, na versão em inglês. Completíssimo.
O principal obstáculo à liberalização do comércio mundial hoje é a questão dos subsídios agrícolas oferecidos aos produtores pelos países desenvolvidos, sobretudo pelos Estados Unidos e pela União Européia. Os países subdesenvolvidos, com destaque para Brasil, China e Índia, líderes do G-20, alegam que não conseguem competir com os produtos agrícolas dos países mais ricos e estes dizem que não vão reduzir os subsídios por se tratar do setor mais frágil de suas economias. Chega-se a um impasse que pretendia-se resolver durante as negociações mais recentes da já desgastada Rodada de Doha. Doce ilusão. Seria o mesmo que esperar que Palestinos e Israelenses tirassem do papel o Plano de Partilha da Palestina após uma reunião diplomática com duração de 10 dias. Com interesses muito distintos na mesa fica muito difícil chegar a acordos favoráveis a todos. Não dá pra somar zero. Pra alguém ganhar, alguém vai perder.
"Rodada" é o nome dado aos períodos de negociação comercial no âmbito da OMC, antigo GATT. O nome subseqüente é uma referência à cidade que abrigou o primeiro fórum de discussões do debate. Já houve Rodadas de Genebra (1947 e 1955-1956), de Annecy (1949), Torquay (1950-1951), Dillon (1960-1961), Kennedy (1964-1967), Tóquio (1973-1979), Uruguai (1986-1993) e Doha (2001-...). A de Doha é a que envolve mais países, mais temas, mais controvérsias e é a primeira rodada desde a criação da Organização Mundial do Comércio, em 1995, decisão tomada durante a rodada do Uruguai.
Em setembro as negociações serão retomadas mais uma vez. As questões serão as mesmas, os atores envolvidos também. Alguém tem um palpite sobre o resultado?
Para ler mais sobre a OMC e as rodadas comerciais, acesse o artigo sobre a OMC na wikipedia, na versão em inglês. Completíssimo.