Já faz algum tempo que a imprensa brasileira noticiou, com pompa, o crescimento da classe média. Agora, 52% dos brasileiros pertencem ao bolo do meio. O dinamismo econômico, a geração de empregos e mais um monte de blá blá blás teriam contribuído para a redução da pobreza e inclusão de milhões de brasileiros na classe média. E em dezembro o Papai Noel vem aí.
Estatística é uma coisa impressionante. Dá pra transformar a realidade apenas alterando alguns detalhes nas metodologias estatísticas. O Brasil pode ser a décima maior economia do planeta ou a décima quarta, o Rio pode ter menos homicídios que São Paulo ou se tornar a capital mais violenta, os pobres podem deixar de ser pobres. Tudo assim, na ponta do lápis, no visorzinho da calculadora.
Que a pobreza tem sido reduzida no país, bem, isto é incontestável. Algumas políticas (aliás, duramente criticadas pela classe média e pela elite) têm, sem dúvida, provocado efeitos positivos para os mais pobres. O Bolsa Família, por exemplo, vem contribuindo para o desenvolvimento do comércio no Nordeste. Já são três anos consecutivos de crescimento a taxas chinesas! E se o comércio cresce, cresce a produção, aumentam os empregos, aumenta a renda média da população, que impulsiona o consumo, que estimula o comércio...
Mas a nova classe média brasileira é, segundo a Fundação Getúlio Vargas, aquela constituída por famílias com renda mensal entre R$1065 e R$4591. Não, você não leu errado. Não é renda per capita. É renda familiar! De repente eu fiquei rico. Dormi classe média e acordei elite.
Enquanto eu vou ali a Paris fazer umas comprinhas, recomendo que vocês assistam este vídeo. É genial.
Nota: post motivado por debates virtuais com o Breno.
Estatística é uma coisa impressionante. Dá pra transformar a realidade apenas alterando alguns detalhes nas metodologias estatísticas. O Brasil pode ser a décima maior economia do planeta ou a décima quarta, o Rio pode ter menos homicídios que São Paulo ou se tornar a capital mais violenta, os pobres podem deixar de ser pobres. Tudo assim, na ponta do lápis, no visorzinho da calculadora.
Que a pobreza tem sido reduzida no país, bem, isto é incontestável. Algumas políticas (aliás, duramente criticadas pela classe média e pela elite) têm, sem dúvida, provocado efeitos positivos para os mais pobres. O Bolsa Família, por exemplo, vem contribuindo para o desenvolvimento do comércio no Nordeste. Já são três anos consecutivos de crescimento a taxas chinesas! E se o comércio cresce, cresce a produção, aumentam os empregos, aumenta a renda média da população, que impulsiona o consumo, que estimula o comércio...
Mas a nova classe média brasileira é, segundo a Fundação Getúlio Vargas, aquela constituída por famílias com renda mensal entre R$1065 e R$4591. Não, você não leu errado. Não é renda per capita. É renda familiar! De repente eu fiquei rico. Dormi classe média e acordei elite.
Enquanto eu vou ali a Paris fazer umas comprinhas, recomendo que vocês assistam este vídeo. É genial.
Nota: post motivado por debates virtuais com o Breno.
3 comentários:
Bom, professor (é, sou seu aluno no CPII :P), acho que apesar das estatísticas serem facilmente manipuláveis, nós também podemos ter nossa própria percepção. Afinal, eles dizem que a classe média aumentou "muitos%", mas nós podemos olhar a nossa volta, ver notícias e a situação brasileira, e notaremos que esse aumento foi de "alguns%".
Nós todos sabemos o quanto o governo manipula informações (também não sou paranóico a ponto de duvidar de qualquer informação do governo). Basta termos olhar crítico, e não aceitar de cara e piamente tudo o que nos é dito.
Abraços, gostei muito do seu blog.
muito bom o video!!! assim como sua reflexão!
Pois é Faber,
o governo, assim como a mídia, tem o poder de manipular informações como essa da classe média brasileira.
Isso serve de estímulo para o povo.
No entanto, concordando com o que o amigo Matheus disse,
basta ter olhar crítico, e pereceber que as coisas não andam tão bem assim como eles querem que acreditemos.
Tiremos como parâmetro o nosso salário mínimo (apesar de ter tido algum crescimento), não é nem 1/4 do custo de vida brasileiro.
O progresso vem, à rítmo de trêm bala pros que não necessitam, enquanto os que necessitam esperam a carroça.
Adorei seu blog, Fê.
Poste mais, que eu volto sempre ;D
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