A boa da última sexta-feira, na Rússia, foi assistir ao desfile militar de 9 de maio, uma celebração da vitória sobre os nazistas na II Guerra Mundial. A grande novidade do ano foi a exibição de armamento pesado, inclusive mísseis intercontinentais. Isso não acontecia desde o desfile de 1990, quando a União Soviética dava seus últimos suspiros.
O uso de atos cívicos para exibição do poderio militar foi prática comum ao longo dos anos da Guerra Fria, aquele período conturbado que se estendeu desde o final da II Guerra Mundial até dezembro de 1991, durante o qual Estados Unidos e União Soviética intimidavam-se mutuamente nos planos político, militar, econômico e ideológico. A intenção era demonstrar que um ataque ao inimigo não era uma boa idéia: o contra-ataque seria imediato e altamente destrutivo.
Parece que, eventualmente, alguns acontecimentos insistirão em lembrar o conflito leste x oeste. No ano passado, ao anunciar o projeto de construção de um escudo anti-mísseis na Europa com o argumento de que ele protegeria o continente de potenciais ataques iranianos, Bush teve que adiar seus planos depois de ouvir do então presidente russo, Vladimir Putin, que a Rússia "tomaria qualquer medida para evitar a construção do aparato". Em outras palavras: "Pode vir quente que eu estou fervendo".
O 'revival' desta sexta-feira chamou a atenção da mídia internacional e deu ainda mais destaque ao primeiro ato público do novo presidente eleito na Rússia. Dimitry Medvedev herdou uma Rússia em situação muito mais confortável do que a encontrada por Putin em 1999. Nos últimos anos, a alta do petróleo e do gás natural garantiu uma revitalização da economia russa. O PIB do país cresceu quase 500% em 7 anos e atingiu a cifra de U$1 trilhão no ano passado.
O 'revival' desta sexta-feira chamou a atenção da mídia internacional e deu ainda mais destaque ao primeiro ato público do novo presidente eleito na Rússia. Dimitry Medvedev herdou uma Rússia em situação muito mais confortável do que a encontrada por Putin em 1999. Nos últimos anos, a alta do petróleo e do gás natural garantiu uma revitalização da economia russa. O PIB do país cresceu quase 500% em 7 anos e atingiu a cifra de U$1 trilhão no ano passado.
6 comentários:
Olha a Mãe-Rússia causando de novo! =D
Acho lindo.
Faber, as notícias daqui são copiadas e coladas ou você as reformula do seu jeito?
Miguel,
A idéia é partir de notícias recentes para discutir brevemente os temas a ela relacionados, com foco na geografia. Assim, sempre indicarei um link ou mais para notícias publicadas na Internet, mas os textos aqui no blog são de minha autoria. É uma tentativa de 'conversar' com a notícia e com o leitor.
agora eu tenho uma boa desculpa para não aatualizar meu blog, perdi uito tempo lendo com muita atenção o que estava escrito no istmo =)
haha!
Oi,Faber!
Parabéns pela iniciativa do blog istmo. O achei por acaso. Posso indicá-lo para meus alunos da 3a. série do CPII? Será mais um oráculo!
Abraços e até breve! :D
Hansen
Obs: veja wwwluizfhg@blogspot.com
E como fica o wannabe bloco sul-americano, o lado meio podes-crer do mundo, que não entra nessa corrida armamentista? O mundo, apesar de não mais na guerra fria, vive um período de políticas armamentistas muito fortes. Imagino um fator - Faber, me corrija se eu estiver errado: em virtude do potencial bélico representar a influência dele no mundo e também em virtude do mundo estar vendo a ascenção internacional dos países emergentes, eles que não querem ficar por baixo, também começam a se armar até os dentes. China, Índia, que já se armam e Alemanha e Japão, que já começaram a mover seus pauzinhos para integrarem o conselho de segurança e poderem produzir mais armas do que lhes foi restringido depois da guerra. O belicismo está no ar, mas, como tinha começado a falar, como fica a América do Sul, e Latina também por que não, nessa história toda? Só a Venezuela parece começar a se movimentar e o Lula, que já levou um não da Colômbia e do Equador, quando propôs uma união militar do recém-nascido Unasul. O que fazer? confiar no irmão mais velho do Norte ou temê-lo como a um inimigo? Ou simplesmente sair da sua aba e enfrentar o duro processo de distanciamento? Diplomacia brasileira, lanço a tarefa, Faber, lanço o debate. Parece também simbolizar o eterno conflito existencial dos latino-americanos...
Antonio,
a união militar da Unasul ainda está em processo de análise e deve nascer (ou morrer definitivamente) em até 90 dias.E parece que fortalecer-se militarmente e articular os países da região sejam a única alternativa viável. Um distanciamento seria tão danoso quanto um enfrentamento direto.
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